Em um cenário de alta volatilidade e constantes mudanças econômicas, os fundos de gestão ativa têm ganhado cada vez mais destaque.

Com estratégias ágeis e alvos ambiciosos, esses fundos buscam oferecer ao investidor superar benchmarks de forma consistente.

O que são fundos de gestão ativa?

Os fundos de gestão ativa reúnem recursos de diversos investidores para que gestores profissionais tomem decisões de compra e venda de ativos.

Diferentemente dos fundos passivos, que replicam índices, a gestão ativa permite ajustes constantes na carteira, com tomada de decisão baseada em dados e experiência de mercado.

Gestão ativa x gestão passiva: entenda as diferenças

Na gestão passiva, o principal objetivo é espelhar um índice de referência, como o Ibovespa ou CDI, mantendo custos menores e previsibilidade nos resultados.

Já a gestão ativa visa não apenas seguir o mercado, mas tentar superá-lo, identificando oportunidades e riscos antes da maioria dos investidores.

Principais estratégias adotadas

Para buscar desempenho superior, os gestores utilizam uma série de ferramentas e abordagens:

• Modelos quantitativos e análises macroeconômicas e modelos quantitativos que identificam padrões e tendências;
• Trend-following para aproveitar movimentos fortes de ativos específicos;
• Diversificação entre ações, renda fixa, câmbio, commodities e imóveis;
• Ajuste dinâmico de alocação conforme ciclos econômicos e eventos globais.

Essa combinação de técnicas permite que os fundos multimercados, por exemplo, atuem em diferentes mercados simultaneamente, obtendo ganhos mesmo em períodos de alta volatilidade.

Resultados recentes e exemplos concretos

Os números dos últimos 12 meses demonstram o impacto da gestão ativa quando bem executada:

Em abril de 2025, fundos multimercados brasileiros registraram a melhor performance histórica em um mês (+3%), conforme relatado pela XP Investimentos.

Grandes gestoras como BTG Pactual Asset e Itaú Asset destacam a capacidade de geração de alfa e a adaptabilidade em tempos de correlação intensa entre ativos.

Vantagens e desafios para o investidor

Embora atrativos, os fundos de gestão ativa apresentam pontos a considerar antes de investir:

• Vantagens:
  • Potencial de retornos superiores ao mercado (alfa).
  • flexibilidade para se adaptar rapidamente a novos cenários.
  • Diversificação profissional e acesso a ativos sofisticados.
• Desvantagens:
  • Taxas de administração e performance mais elevadas.
  • Risco de desempenho abaixo do benchmark em determinados períodos.
  • Requer manutenção de portfólio diversificado profissionalmente e acompanhamento contínuo.

Perspectivas para 2025

O avanço de tecnologias de big data e inteligência artificial promete aprimorar a eficiência dos gestores, com análises macroeconômicas e modelos quantitativos cada vez mais precisos.

O envelhecimento do ciclo econômico global, novas políticas monetárias e tensões comerciais ressaltam a importância de carteiras adaptativas, especialmente em fundos com exposição internacional.

Aspectos regulatórios e governança

Para atender diferentes perfis de investidores, muitos fundos ativos se estruturam em camadas, incluindo cotas específicas para previdência e seguradoras.

As assembleias de cotistas e a publicação de relatórios detalhados reforçam a transparência e a confiança no trabalho dos gestores.

Conclusão

Os fundos de gestão ativa representam uma alternativa inovadora para quem busca superar benchmarks de forma consistente e aproveitar oportunidades em qualquer fase de mercado.

No entanto, é essencial compreender as taxas, os riscos e acompanhar de perto as decisões dos gestores para maximizar os benefícios dessa estratégia.

Com as ferramentas certas e uma equipe qualificada, a gestão ativa pode ser a chave para construir patrimônio e alcançar objetivos financeiros ambiciosos.