Os fundos de papel se destacam no cenário atual por oferecerem rendimentos regulares e previsíveis, atraindo investidores em busca de estabilidade e bons retornos.
Também conhecidos como FIIs de papel, esses fundos investem predominantemente em certificados de recebíveis imobiliários, especialmente fundos de investimento imobiliário que alocam em CRIs atrelados a juros e amortizações.
A principal característica é o foco na geração de renda por meio de juros de crédito, diferente dos FIIs de tijolo, que visam imóveis físicos.
Os FIIs de papel distribuem grande parte dos rendimentos recebidos dos CRIs diretamente aos cotistas, geralmente de forma mensal.
Esse fluxo de caixa recorrente mensal é isento de imposto de renda para pessoas físicas que atendem às regras da legislação, tornando-se ainda mais atraente.
O Dividend Yield (DY) dos FIIs de papel costuma superar o de fundos de tijolo, principalmente em contextos de juros elevados. Em 2024/2025, os melhores fundos apresentaram DYs mensais entre 1,2% e 1,4%.
Para ilustrar, consideremos um investimento de R$ 100 mil em FIIs com DY médio de 0,85% ao mês, gerando cerca de R$ 850 mensais, ou mais de R$ 15 mil ao ano em fundos mais performáticos.
O RECR11, por exemplo, apresenta DY médio de 1,37% ao mês, P/VPA em torno de 0,75 (desconto de 25%), carteira diversificada de CRIs e indicador LTV abaixo de 50%.
Grandes instituições como bancos de investimento recomendam a compra para quem busca ciclos de juros elevados beneficiam investimentos e boa liquidez.
Outros nomes relevantes incluem IRDM11, HCTR11, MXRF11, RZTR11 e TGAR11, cada qual com características próprias de prazos, garantias e indexadores.
Com o IFIX mostrando recuperação e a probabilidade de fechamento da curva de juros, muitos analistas apontam que pode ser um bom momento de entrada com assimetria risco-retorno favorável.
O controle da inflação e expectativas de redução gradual da Selic podem impulsionar não só rendimentos futuros, mas também uma valorização adicional das cotas.
A aquisição de cotas deve ser feita por meio de uma corretora, diretamente na B3, envolvendo busca de cotas, ordens de compra e acompanhamento de preços.
Recomenda-se consultar relatórios gerenciais, rankings de FIIs em portais especializados e acompanhar análises de gestores, garantindo a melhor seleção de ativos.
Os fundos de papel representam previsibilidade de rendimento para cotistas e potencial de valorização, sobretudo em cenários de juros altos. Com análise criteriosa e diversificação adequada, são uma alternativa interessante para quem busca renda mensal estável e segurança.
Referências