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Crie uma estratégia baseada em horizontes diferentes

Crie uma estratégia baseada em horizontes diferentes

10/09/2025 - 06:48
Fabio Henrique
Crie uma estratégia baseada em horizontes diferentes

Para prosperar em um mercado em constante transformação, é essencial considerar o futuro e o presente de forma integrada. Neste artigo, vamos explorar como o Modelo dos Três Horizontes pode orientar líderes a equilíbrio entre curto e longo prazo e gerar resultados sustentáveis.

Entendendo o Modelo dos Três Horizontes

Desenvolvido pela consultoria McKinsey, o Modelo dos Três Horizontes surgiu após décadas de pesquisa em empresas que conseguiram manter alto crescimento. Seu propósito é guiar organizações a organizarem esforços em diferentes janelas de tempo, equilibrando operações atuais e apostas de futuro.

A força desse framework está na capacidade de direcionar esforços de forma coordenada, mantendo lucratividade hoje e garantindo a relevância amanhã. Assim, cada horizonte delimita foco, risco e horizonte temporal distintos.

Os Três Horizontes Explicados

Cada horizonte responde a uma pergunta estratégica diferente: Como otimizar o presente? Quais são as oportunidades emergentes? Onde estão as inovações disruptivas? A seguir, veja os três pilares:

  • H1 – Core Business: Foco na sustentação e otimização contínua dos processos existentes, maximização de receitas e manutenção da relevância atual.
  • H2 – Oportunidades Emergentes: Experimentação a partir do core, como entrada em novos mercados ou produtos complementares, com risco moderado e potencial de crescimento.
  • H3 – Inovação Transformadora: Busca de inovações radicais fora do negócio principal, criando novos modelos e disrupções, com alto grau de incerteza.

Visão geral dos horizontes

Comparar os horizontes lado a lado facilita a visualização de trade-offs e alocação de recursos. Abaixo, um resumo sintético:

Benefícios estratégicos

Implementar o Modelo dos Três Horizontes traz vantagens que se complementam:

  • Diversificação de portfólio com gestão de risco, reduzindo a dependência de um único fluxo de receita.
  • Alocação inteligente de recursos e investimentos, realocando ganhos do H1 para apostas de maior retorno.
  • Sustentação e relevância contínua no mercado, preservando margens e reputação.
  • Estimulo à inovação incremental e disruptiva, incentivando uma cultura de experimentação.

Além disso, ao movimentar projetos de H3 para H2 e finalmente para H1, a organização mantém um pipeline de inovações em constante evolução, evitando a estagnação.

Riscos e desafios

Apesar dos benefícios, a adoção do modelo envolve obstáculos de execução e cultura. Um perigo comum é evitar a miopia organizacional que privilegia apenas resultados imediatos.

Outro ponto crítico é assumir incertezas elevadas com responsabilidade, definindo métricas claras e tolerância ao fracasso no H3, para não comprometer todo o portfólio.

Equilibrar o orçamento entre horizontes requer constante revisão, pois mudanças de mercado podem exigir ajustes rápidos e repactuação de investimentos.

Exemplos práticos e estudos de caso

Grandes empresas já comprovaram o valor do modelo:

Google e o Project Loon (H3): aposta em balões estratosféricos para levar internet a regiões remotas, com potencial estimado em US$ 10 bilhões.

Veículos autônomos: iniciativas que podem redefinir toda a indústria automotiva, ainda em fase experimental, mas com impacto global futuro.

Realidade virtual no varejo: projetos que unem lojas físicas e experiências imersivas, criando novos canais de venda e engajamento.

Recomendações para implementação

Para construir uma estratégia robusta, siga estas orientações:

  • Mapeie o portfólio atual, identificando projetos e seus estágios de maturidade.
  • Defina metas claras para cada horizonte, alinhadas aos objetivos de negócio.
  • Estabeleça indicadores de desempenho e revise periodicamente os investimentos.
  • Promova cultura de experimentação e aprendizado, com espaço para testar ideias de risco.

Uma governança ágil e multidisciplinar ajuda na transição de projetos entre horizontes, garantindo ritmo e foco.

Considerações finais

Adotar o Modelo dos Três Horizontes não é apenas uma metodologia, mas um compromisso com oportunidades de crescimento sustentado. Ao equilibrar o presente e o futuro, sua organização estará preparada para enfrentar desafios, aproveitar oportunidades emergentes e criar inovações verdadeiramente transformadoras.

Comece hoje mesmo a desenhar sua estratégia com horizontes diferentes e construa uma jornada de sucesso consistente.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique