Os certificados de recebíveis emergem como instrumentos poderosos para empresas que buscam acelerar seu caixa e para investidores que desejam diversificar portfólios. Ao escolher emissores sólidos, é possível unir rentabilidade atrativa com segurança aprimorada, promovendo um ciclo virtuoso de confiança entre todos os envolvidos.

Este artigo guia você pelos fundamentos, tipos principais, diferenciais, riscos e critérios de seleção de bons emissores, oferecendo uma visão inspiradora e prática para quem deseja explorar esse universo de oportunidades no mercado de capitais.

Entenda os fundamentos dos certificados de recebíveis

Os certificados de recebíveis (CR) são títulos de renda fixa privados emitidos por securitizadoras. Eles lastreiam seus pagamentos em direitos creditórios originados em vendas parceladas, notas fiscais ou recebíveis de cartão de crédito, entre outros.

Na prática, uma empresa cede créditos futuros a uma securitizadora, que emite os certificados. O investidor adquire o CR e, na data de vencimento, recebe o valor aplicado mais juros acordados, funcionando de forma semelhante a um empréstimo privado.

Tipos principais de certificados

O mercado brasileiro de CR abrange três categorias distintas, cada uma voltada para setores específicos da economia. Conhecer essas diferenças facilita a diversificação e a análise de riscos.

Por que escolher bons emissores

A escolha de um emissor confiável é o alicerce para segurança essencial do investimento. A qualidade da securitizadora e dos créditos que servem de lastro impacta diretamente o risco de inadimplência e a capacidade de pagamento do certificado.

Emissores bem avaliados costumam ter rating elevado por agências de classificação, demonstrating robust internal controls e histórico consistente de operações bem-sucedidas.

Diferenciais dos certificados de recebíveis

• Estrutura mais simples e menos custosa que fundos tradicionais, pois dispensa prestadores de serviços múltiplos.
• Flexibilidade na tributação, prazos e rentabilidade, permitindo adequação ao perfil de cada projeto ou investidor.
• Menor burocracia regulatória e agilidade no processo de emissão comparada a outros produtos financeiros.

Riscos e como mitigá-los

• Risco de crédito do emissor e do lastro: exija ratings e análise de garantias.
• Variação das taxas de juros: proteja-se com cenários conservadores de projeção.
• Estrutura de subordinação das séries: entenda o nível de prioridade de cada classe de investidores.

Critérios para selecionar emissores de alta qualidade

• Verifique o histórico de emissões no mercado e desempenho em operações anteriores.
• Analise ratings de agências reconhecidas (S&P, Fitch, Moody’s ou agências nacionais).
• Examine a carteira de recebíveis e o perfil dos cedentes, buscando importância da análise criteriosa.
• Confirme a existência de estrutura robusta de garantias e participação de grandes instituições.

Potenciais e perspectivas de mercado

Com a Medida Provisória 1.103/2022, o mercado de certificados de recebíveis ganhou maior flexibilidade e segurança. O novo marco regulatório abriu portas para setores antes pouco explorados, como educação e fintechs, fortalecendo a confiança dos investidores.

O primeiro CR emitido sob o novo regulamento captou R$ 25 milhões para o setor de educação, ilustrando o potencial de crescimento sustentável e a atratividade dessa classe de ativos.

Para investidores que buscam diversificação e empresas que necessitam de caixa imediato, os certificados de recebíveis são uma oportunidade que combina captação de recursos antecipados com previsibilidade financeira, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social.

Ao adotar uma postura analítica e criteriosa na seleção de emissores, você estará construindo uma base sólida, capaz de gerar retornos consistentes e, ao mesmo tempo, promover o progresso de diversos segmentos da economia brasileira.