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Fundos passivos têm baixa taxa e bom desempenho

Fundos passivos têm baixa taxa e bom desempenho

11/06/2025 - 01:01
Fabio Henrique
Fundos passivos têm baixa taxa e bom desempenho

No cenário atual de investimentos, os fundos passivos, especialmente os ETFs, têm chamado a atenção de investidores que buscam rentabilidade acima da média sem abrir mão da eficiência de custos.

Com o mercado financeiro brasileiro em expansão e a Selic em patamares elevados, esses produtos se destacam pela consistência e acessibilidade.

O que são fundos passivos e como funcionam

Os fundos passivos replicam índices de mercado sem a intervenção ativa de gestores na escolha de ativos. Em vez de buscar oportunidades específicas de compra e venda, eles acompanham fielmente a composição de um índice, como o Ibovespa ou o MSCI Brasil.

Essa estratégia reduz despesas operacionais e permite que o investidor obtenha a variação de mercado descontada taxas mínimas. A ausência de “stock picking” ativo também diminui o risco de erro de gestão.

O cenário macroeconômico que favorece os ETFs

Em 2024, a indústria brasileira de fundos superou R$ 9 trilhões em patrimônio. Com a Selic em 13,25% no início de 2025 e sinais de término do ciclo de alta de juros, ativos de risco ganharam novo fôlego.

Investidores estrangeiros voltaram a aportar capital, registrando o maior saldo positivo desde agosto de 2024. A combinação de alívio na curva de juros e um ajuste fiscal moderado do governo impulsionou a confiança no mercado de ações.

ETFs que replicam índices domésticos, mercados emergentes e commodities também se mostraram alternativas defensivas diante da volatilidade global.

Comparativo de desempenho: passivo x ativo

Durante o primeiro trimestre de 2025, o Ibovespa subiu 8,29%, mas diversos ETFs superaram esse retorno:

  • FIND11 (índice financeiro): 16,9%
  • HIGH11 (setor de tecnologia): 15,7%
  • TRIG11 (logística): 14,8%
  • MSCI Brasil (mercados emergentes): 12,71%

Em comparação, fundos ativos com taxa média de 1,8% ao ano obtiveram performances variadas, muitas vezes abaixo dos índices após desconto de custos.

Comparativo de custos e retornos

Vantagens e riscos dos fundos passivos

Entre as vantagens, destacam-se:

  • Baixo custo de administração anual, geralmente entre 0,20% e 0,50% no Brasil.
  • Facilidade de negociação em Bolsa, com liquidez diária.
  • Acesso democratizado ao mercado a partir de pequenas aplicações.

Contudo, é fundamental compreender os riscos:

  • Tracking error em cenários extremos pode levar a diferenças de retorno.
  • Limitações em mercados de menor liquidez afetam o desempenho.
  • Volatilidade de curto prazo pode gerar variações significativas no valor de mercado.

Perspectivas futuras para os ETFs no Brasil

Especialistas projetam que a democratização desses produtos continuará acelerada, impulsionada por mudanças regulatórias e maior educação financeira.

Instituições de varejo e grandes investidores institucionais tendem a enxergar os fundos passivos como alternativa de baixo risco para diversificação. A expectativa é de novas emissões de ETFs que abranjam setores como infraestrutura, sustentabilidade e dívida corporativa.

Além disso, a digitalização dos serviços de investimento e o aumento das plataformas de negociação reforçam o potencial de crescimento do segmento.

Em um ambiente econômico ainda marcado por incertezas globais, os fundos passivos se apresentam como aliados para quem busca estratégia disciplinada e performance consistente no longo prazo.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique