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Pense em ativos reais como parte da diversificação

Pense em ativos reais como parte da diversificação

18/08/2025 - 16:34
Fabio Henrique
Pense em ativos reais como parte da diversificação

Em um cenário econômico marcado por incertezas, inflação persistente e juros elevados, investidores buscam alternativas capazes de proteger o capital e gerar retornos sólidos. Nesse contexto, considerar ativos reais no portfólio torna-se uma estratégia poderosa, pois reúne proteção, rentabilidade e resiliência diante de oscilações de mercado.

Este artigo explora os fundamentos, benefícios e desafios de incorporar ativos tangíveis, ajudando você a entender por que eles merecem um lugar de destaque em sua estratégia de diversificação.

Definição de Ativos Reais

Ativos reais são bens físicos, de natureza tangível, que têm valor intrínseco e podem atender a necessidades fundamentais da sociedade. Diferentemente de papéis financeiros, como ações e títulos de dívida, esses ativos não dependem exclusivamente de promessas de pagamento, mas possuem valor de uso e demanda constante.

Entre as principais características estão a capacidade de servir como reserva de valor durante períodos inflacionários e a baixa correlação histórica com o mercado acionário convencional. Esse conjunto de atributos torna os ativos reais uma excelente alternativa para quem busca estabilidade em longos prazos.

Tipos de Ativos Reais

A variedade de ativos reais é ampla e abrange diferentes segmentos. A escolha ideal dependerá de perfil de risco, horizonte de investimento e objetivos individuais. Confira alguns dos principais:

  • Imóveis: residenciais, comerciais e terrenos urbanos;
  • Metais Preciosos: ouro, prata e platina;
  • Terras Agrícolas: áreas destinadas a culturas e pastagens;
  • Commodities: petróleo, grãos e minérios;
  • Florestas: plantações de madeira nobre, como mogno africano;
  • Infraestrutura: rodovias, portos e aeroportos.

Benefícios da Diversificação com Ativos Reais

Ao acrescentar ativos reais ao portfólio, o investidor colhe diversas vantagens, especialmente em momentos de volatilidade acentuada. Destacam-se:

  • Diversificação por classe de ativos: reduz o risco global;
  • Proteção contra a inflação: preços de bens físicos tendem a subir;
  • Baixa correlação com o mercado: amortiza oscilações;
  • Alta lucratividade no longo prazo: ganhos significativos acumulados;
  • Fluxo de caixa estável: receitas de aluguéis e royalties.

Estatísticas e Exemplos Práticos

Para ilustrar o potencial dos ativos reais, vale analisar dados e exemplos concretos. O investimento em mogno africano, por exemplo, pode oferecer uma taxa interna de retorno acima de 18% ao ano, com ciclo de colheita que varia entre 17 e 25 anos, possibilitando a venda de madeira refinada após o 13º ano.

Já terrenos agrícolas costumam valorizar-se em linha com o custo dos alimentos e insumos, beneficiando-se da expansão demográfica e do aumento do consumo global. O ouro, por sua vez, serve como porto seguro em crises, mantendo valor ou mesmo apreciando-se quando as demais classes sofrem quedas.

Riscos e Considerações Essenciais

Embora repletos de oportunidades, os ativos reais apresentam desafios que exigem atenção. A principal limitação é a baixa liquidez, pois a venda de um imóvel, de porções de uma plantação ou de estruturas de infraestrutura pode levar meses ou anos.

Além disso, há custos recorrentes, como manutenção, seguros, impostos e gestão operacional. Investidores devem considerar também fatores geopolíticos, regulatórios e ambientais que podem afetar a valorização ou a viabilidade de uso desses bens.

Estratégias para Incorporar Ativos Reais

Para incluir ativos físicos de forma eficaz, é fundamental adotar uma abordagem estruturada:

  • Defina o percentual do portfólio destinado a ativos reais, alinhado ao seu perfil de risco;
  • Realize due diligence minuciosa antes de qualquer aquisição, avaliando legalidade e condições físicas;
  • Considere fundos de investimento especializados, caso busque exposição indireta e gestão profissional;
  • Monitore regularmente o desempenho e adapte-se às mudanças econômicas e regulatórias;
  • Combine diferentes ativos reais para maximizar a resiliência.

Conclusão

Incorporar ativos reais em sua estratégia de diversificação não significa abandonar o mercado financeiro tradicional, mas sim fortalecer o portfólio com ativos de valor intrínseco e demanda constante. Essa abordagem reduz riscos, protege contra a inflação e amplia horizontes de ganho.

Ao considerar imóveis, metais, terras ou infraestrutura, você está dando um passo rumo a uma carteira mais equilibrada e preparada para os desafios econômicos futuros. Invista com foco, planejamento e acompanhe o desenvolvimento de cada ativo para colher frutos sólidos ao longo de sua jornada financeira.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique