Em um cenário econômico marcado por incertezas, inflação persistente e juros elevados, investidores buscam alternativas capazes de proteger o capital e gerar retornos sólidos. Nesse contexto, considerar ativos reais no portfólio torna-se uma estratégia poderosa, pois reúne proteção, rentabilidade e resiliência diante de oscilações de mercado.
Este artigo explora os fundamentos, benefícios e desafios de incorporar ativos tangíveis, ajudando você a entender por que eles merecem um lugar de destaque em sua estratégia de diversificação.
Ativos reais são bens físicos, de natureza tangível, que têm valor intrínseco e podem atender a necessidades fundamentais da sociedade. Diferentemente de papéis financeiros, como ações e títulos de dívida, esses ativos não dependem exclusivamente de promessas de pagamento, mas possuem valor de uso e demanda constante.
Entre as principais características estão a capacidade de servir como reserva de valor durante períodos inflacionários e a baixa correlação histórica com o mercado acionário convencional. Esse conjunto de atributos torna os ativos reais uma excelente alternativa para quem busca estabilidade em longos prazos.
A variedade de ativos reais é ampla e abrange diferentes segmentos. A escolha ideal dependerá de perfil de risco, horizonte de investimento e objetivos individuais. Confira alguns dos principais:
Ao acrescentar ativos reais ao portfólio, o investidor colhe diversas vantagens, especialmente em momentos de volatilidade acentuada. Destacam-se:
Para ilustrar o potencial dos ativos reais, vale analisar dados e exemplos concretos. O investimento em mogno africano, por exemplo, pode oferecer uma taxa interna de retorno acima de 18% ao ano, com ciclo de colheita que varia entre 17 e 25 anos, possibilitando a venda de madeira refinada após o 13º ano.
Já terrenos agrícolas costumam valorizar-se em linha com o custo dos alimentos e insumos, beneficiando-se da expansão demográfica e do aumento do consumo global. O ouro, por sua vez, serve como porto seguro em crises, mantendo valor ou mesmo apreciando-se quando as demais classes sofrem quedas.
Embora repletos de oportunidades, os ativos reais apresentam desafios que exigem atenção. A principal limitação é a baixa liquidez, pois a venda de um imóvel, de porções de uma plantação ou de estruturas de infraestrutura pode levar meses ou anos.
Além disso, há custos recorrentes, como manutenção, seguros, impostos e gestão operacional. Investidores devem considerar também fatores geopolíticos, regulatórios e ambientais que podem afetar a valorização ou a viabilidade de uso desses bens.
Para incluir ativos físicos de forma eficaz, é fundamental adotar uma abordagem estruturada:
Incorporar ativos reais em sua estratégia de diversificação não significa abandonar o mercado financeiro tradicional, mas sim fortalecer o portfólio com ativos de valor intrínseco e demanda constante. Essa abordagem reduz riscos, protege contra a inflação e amplia horizontes de ganho.
Ao considerar imóveis, metais, terras ou infraestrutura, você está dando um passo rumo a uma carteira mais equilibrada e preparada para os desafios econômicos futuros. Invista com foco, planejamento e acompanhe o desenvolvimento de cada ativo para colher frutos sólidos ao longo de sua jornada financeira.
Referências