Em 2025, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil demonstra resiliência e progresso contínuo. Apesar dos desafios de maturidade digital, as companhias de TI brasileiras consolidam sua posição de destaque na América Latina e traçam estratégias para sustentar o ritmo de inovação e crescimento.
O mercado brasileiro de TI registrou, em 2025, expansão de 9,5% para o setor, superando a média global de 8,9%. Esse desempenho reflete a intensificação de iniciativas de digitalização, a implantação do 5G e a massificação de soluções em nuvem.
No segmento B2B, o crescimento estimado atinge 13%, fruto da busca corporativa por infraestrutura robusta e otimização de custos. Organizações de todos os portes investem em produtividade, automação e segurança digital para manter competitividade em um cenário cada vez mais conectado.
Em meio ao otimismo, os orçamentos empresariais seguem alinhados às tendências globais, mas com particularidades nacionais:
Esses números destacam o comprometimento com aperfeiçoamento de análises e segurança digital, mas revelam também um gap em automação, com apenas 9% dos orçamentos dedicados a esse tema, abaixo da média global.
O aumento de recursos em inteligência artificial generativa está entre as apostas mais arrojadas. Metade das empresas brasileiras planeja elevar seus investimentos em IA em até 25%, mirando ganhos em personalização de serviços, automação de processos e detecção de ameaças cibernéticas.
No entanto, 69% das organizações nacionais apontam má qualidade e governança de dados como barreiras para implementar soluções de IA de forma madura. A falta de padronização e de processos claros impacta o tempo de desenvolvimento e a confiabilidade dos resultados gerados.
Para mitigar esses entraves, líderes de TI intensificam iniciativas de data governance, definindo políticas de acesso, catalogação e proteção de dados sensíveis. Projetos-piloto evoluem para plataformas integradas que suportam desde a ingestão até a análise avançada das informações.
As maiores empresas do país e as multinacionais instaladas no Brasil priorizam temas cruciais para os próximos anos. Entre os focos de investimento e desenvolvimento tecnológico, destacam-se:
O avanço na implantação de data centers acompanha o crescimento da nuvem e do 5G, fornecendo suporte para o treinamento de modelos LLM e a execução de inferências sofisticadas em locais estratégicos.
Além de inovação, a sustentabilidade operacional está no radar das companhias. Empresas líderes com forte capacitação em dados e processos padronizados alcançam ganhos expressivos de eficiência, reduzindo custos e acelerando ciclos de lançamento de produtos.
No entanto, 53% ainda se encontram na fase de business case para IA, e 57% na etapa de prova de conceito. Esses índices, acima da média global, sinalizam que muitas iniciativas permanecem em estágios iniciais, demandando foco em governança e maturidade metodológica.
Com o Brasil consolidando-se como polo tecnológico da América Latina, espera-se maior inserção em cadeias globais de valor. A atração de investimentos estrangeiros em infraestrutura de TI e a colaboração entre startups e grandes empresas podem acelerar a criação de soluções locais com alcance internacional.
Setores como agronegócio, saúde e educação estão prontos para se beneficiar de plataformas baseadas em IA e cloud, ampliando produtividade e inclusão digital. A convergência de tecnologias emergentes deve impulsionar modelos de negócios inovadores e serviços sob demanda.
Para aproveitar essas oportunidades, gestores precisam:
Em suma, o desempenho estável das empresas de tecnologia no Brasil em 2025 reflete uma combinação de crescimento acelerado, desafios internos e um horizonte repleto de possibilidades. Com iniciativas bem-alinhadas e foco em governança, o setor pode não só manter sua posição de destaque na América Latina, mas também conquistar novos patamares de inovação e competitividade global.
Referências